quarta-feira, 18 de abril de 2012

Despedidas.


No momento da despedida todos se negam a ver o evidente: pode ser a última vez. Dizemos ‘até um dia’ e sorrimos, viramos costas e sonhamos com o amanhã junto dessa pessoa, sonhamos vê-la sorrir, vê-la voltar… mas e se isso não acontecer? E se um dia ao acordares perceberes que aquela despedida foi para sempre? De que vale sonharmos com o regresso perfeito se isso nunca vai acontecer? Então não há mais nada a fazer, essa pessoa cai em processo de esquecimento, mesmo que não queiramos, é a vida, é assim que é o ser humano, conhecemos, guardamos, mas também esquecemos, o nome da pessoa em questão e os momentos que vivemos com ela, ficam para sempre dentro de nós, mas com o tempo a sua ausência faz com que o seu lugar nas nossas vidas dê espaço a outras pessoas, a outras vivências. São promessas como o “ficarei para sempre contigo” que nós não devemos fazer, porque de que valem essas promessas no momento da despedida? Todos nós mais tarde seguiremos caminhos diferentes, é inevitável, se queres realmente ficar com alguém para sempre, e és capaz de abdicar de tudo para cumprir isso, então leva isso até ao fim, mas se não és, então não prometas, não iludas as pessoas que te amam, a vida dá imensas voltas e as promessas de hoje podem não valer de nada amanhã. Vive tudo o que tens para viver enquanto podes, enquanto tens quem amas á tua volta, não magoes, nem enganes, pois como tudo nesta vida, um dia pode ser tarde demais, um dia poderá ser o último dia! 


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